27 abril, 2013

Supernatural (8x20) - Pac Man Fever (Review)





“I love you”

Ahá! Achou que esse episódio seria mamão com açucar ou suave na nave ou de boa na lagoa, depois do chororo do último episódio? Negativo amiguinhos! Esse só não foi mais triste que o último porque não houveram despedidas dolorosas. Aliás, quase! Pensei que a teoria de matar uma personagem feminina a cada 3 episódios iria se concretizar. UFA! Aqui vamos nós, com Dean aparecendo logo de cara, fantasiado de milico da década de 50 – ar, cadê você? – com direito a música de jazz rolando no fundo. 

Rosnados são ouvidos ao longo do corredor e o nosso querido diretor Bobby Singer corta a cena para o bunker, de volta ao querido lar dos Winchester, 24 horas antes da primeira cena do episódio. Dean está monitorando alguns pontos onde Kevin poderia passar, pra ver se encontra o jovem profeta e junto com ele, a tábua. Sam acorda com o cabelo mais troncho do que qualquer coisa, após dormir de um dia pro outro. UM-DIA-PRO-OUTRO.  Dean joga uma cerveja para Sam que nem se importa em pegar a garrafa, demonstrando totalmente como está fora de foco a vida do pequeno grande Winchester, o qual está a uma tarefa de concluir seu objetivo final; fechar os portões do inferno. Curiosidade sobre a cena, Jared disse que foram precisos 5 takes da garrafa sendo jogada. Quanto desperdício, meu Deus... 

 
Mais uma vez Sam diz ao irmão que está bem e que vai se arrumar pra eles irem procurar por Kevin, porém ele cambaleia pro lado e Dean vai ao seu auxílio. O mais velho tenta despreocupar o caçula, dizendo que tem tudo sobre controle e que até Garth está procurando por ele. Dean leva Sam para testar sua prática de tiros, já que o mesmo insiste em dizer que está bem e que pode caçar. Como Dean previa, Sam está longe de praticar qualquer atividade de caça, os tiros dele acertam a parede do bunker, nem chegam perto do corpo do alvo. Sem contar a dificuldade que Sam está  para suportar o peso de uma pistola.
Dean decide que ninguém vai sair até Sam melhorar. 

E então um email novo chega na caixa de entrada dos Winchester. Ok. Eu já tinha comentado em reviews passadas sobre a minha curiosidade de quem banca a luz e a água no bunker. Soma-se a essas duas necessidades básicas, o wifi no local. Seriously, quem é que tá pegando quem ali, pra eles terem água, luz e internet de graça, num esconderijo a tantos metros abaixo da superfície????? Voltando ao email, a remetente dele é nada menos que Charlie Bradbury, AKA, a irmã mais nova que o Dean nunca quis ter (7x21). No email, ela escreve que estava de passagem pelo local onde eles estavam e achou um caso para eles. Dean questiona Sam como ela os achou. Sam responde que ela não os achou, disse que Charlie rastreou os celulares dos dois mas perdeu o sinal em um perímetro de 36 KM. Sam se surpreende e diz que o lugar é uma espécie de Triângulo das Bermudas – MAS O WIFI TÁ FUNCIONANDO QUE É UMA BELEZA!!! – Os irmãos marcam com a Charlie e ela vai ao encontro deles. Não sei se eu já disse, mas eu a-do-ro a química que a Felicia tem com o Jensen! Assim que Charlie encontra com os dois, ela logo percebe que há algo de errado com Sam. Sam muda de assunto e pergunta o que ela está fazendo em Kansas, a ruiva por sua vez responde a ele que estava numa convenção de quadrinhos em Topeka. Sam estranha porque estão no meio da semana, mas deixa passar e leva Charlie para conhecer o lar dos Men of Letters. 


Já dentro de casa, Sam pergunta sobre o tal caso que Charlie achou para eles. O caso é de um morador local que foi encontrado morto com os orgãos internos liquefeitos. Charlie diz que pesquisou sobre vários monstros que podem ter causado aquilo. Sam interrompe ela e quer saber desde quando Charlie sabe sobre monstros. Ela responde que fez uma pesquisa aprofundada e que nessa pesquisa encontrou uma série de livros de um escritor chamado Carver Edlund – surtei! –. Dean e Sam, na hora, se sentem desconfortáveis quando ela começa a falar sobre os livros, perguntando se tudo aquilo foi de verdade; ela até brinca com Sam, falando da falta de sorte dele com mulheres e complementa que não adianta queimar os livros porque agora eles estão na internet. Dean corta a conversa de uma vez e diz que vai resolver o caso. Sam quer ir com ele, mas Dean não deixa por causa de sua saúde. Charlie aproveita a deixa e diz que vai com ele, Dean tenta impedir e leva ela pra praticar tiro, mas em vão. Assim que a ruiva pega a pistola de Dean, ela acerta o alvo na cabeça, não restando mais nada para Dean aceitar Charlie como sua co-pilota.


Após uma seção de fotos para a carteirinha novinha do FBI, Charlie vai as compras com Dean; afinal, ela precisa ser convincente como agente federal. Após as inúmeras trocas de roupas que Charlie experimenta, Dean finalmente aprova uma – Fashion Police feelings? – Eles conversam um pouco sobre o que está acontecendo na vida dos dois irmãos, para que Dean distraísse ela e acionasse o GPS em seu celular. Ele liga pro celular do Sam para despistar – ué, mas eles não ficam irreastráveis dentro do bunker? – e saber se está tudo bem com o irmão. Dean e Charlie vão ao IML examinar o corpo da vítima e a mais nova hunter do pedaço está encantada por esse role playing da vida. Tão animada que na hora de mostrar o distintivo de agente federal, ela mostra ele de cabeça pra baixo – quem ai não lembrou de Cas na primeira vez que fez isso? -. Mas o plano não vinga porque a responsável pede o formulário para dar início a burocracia e Dean resolve voltar lá a noite quando tudo estiver fechado.


Um outro caso aconteceu e a vítima foi achada por 2 meninos. Dean e Charlie chegam no local da perícia e são surpreendidos por Sam. Dean ordena que Charlie vá falar com as testemunhar enquanto ele despacha Sam para casa. Charlie descobre que a vítima tinha uma mancha de mão azul em seu braço. Dean toma isso como uma deixa para fazer Sam ir pra casa e pesquisar em algum livro, Sam se recusa a ir e Dean sai dali, deixando Charlie e Sam no local. No IML, Dean encontra Sam e Charlie do lado de dentro do prédio, mas um barulho de carro estacionando os deixa em alerta. Charlie resolve atrasar a médica responsável enquanto os Winchester vão examinar o laudo das vítimas. No necrotério, Dean não encontra os mortos e Sam acha no laudo que eles os queimaram por achar que a doença é contagiosa. Sam tira foto do laudo para procurar nos livros quando chegassem em casa. 

 De volta para o bunker, o trio senta-se a mesa para tentar solucionar o caso. Dean, que está lendo o diário do John, acha um caso semelhante e descobre que na verdade, o caso recente foi feito por uma espécie diferente de Djin. Sam pergunta como matá-lo e Dean responde que é igual ao Djin normal. Assim que Charlie sai do bunker, alegando fazer uma boquinha, Dean fala para Sam que está achando ela muito aérea e Sam concorda com ele. Em sua casa, Charlie abre uma caixinha de metal e tira de lá todos seus passaportes e cartões de crédito. Até então, eu achei normal ela ter alguns passaportes, porque em LARP ela disse que teve que mudar de vida por conta do Dick Roman. O que eu estranhei foi ela ter enviado dinheiro para a conta de uma outra pessoa. De qualquer jeito, as coisas não acabaram bem para ela, já que o Djin apareceu em sua casa, na forma da legista caxias do IML. 

Dean rastreia o gps do celular dela pelo dele – e o lance do “Triângulo das Bermudas”? – e os dois acham o lugar que a Charlie estava. No local, eles acham os passaportes e cartões falsos e Sam começa a mexer no notebook dela, para ver seus últimos passos. Ele descobre que ela faz transferências constantemente para uma determinada paciente no hospital da cidade. Dean vai até lá, enquanto Sam tenta relacionar o Djin com o sumiço de Charlie. No hospital, Dean descobre que a paciente em questão é na verdade a mãe de Charlie, que está em estado vegetativo há 16 anos. A enfermeira conta a ele que Gertrude ficou daquele jeito após um acidente de trânsito com o marido, a filha de 12 anos sumiu no mundo depois do acidente. Dean liga os pontos e assim que a enfermeira sai do quarto, ele fala para a Gertrude que achará a filha dela – awwwwn *.*Em um galpão abandonado, Charlie “conversa” com a Djin e a criatura explica que a espécie dela preferem desfrutar do medo no sangue de suas vítimas do que um sangue puro, do qual os djins normais estão acostumados a tomar. A criatura também diz que marcou Charlie no necrotério e deixou escapar que a geek seria uma ótima refeição para dois – adoro a equipe de VFX de SPN, mas não curti esse brilho azul dos olhos do Djin dessa vez. Prefiro os da segunda temporada – Enquanto a gênia da infelicidade marca Charlie que tenta assustá-la falando sobre Dean ir salvá-la, a Djin disse que seria bom ele vir, pois ele exala medo também – medo? Dean só tem medo de duas coisas no mundo, voar de avião e perdeu seu irmão. Como ele não tem viajado de avião ultimamente, imagina como não está a cabeça dele com o Sam debilitado por conta dos trials – No bunker, Sam finalmente descobre que a legista não é médica coisa nenhuma e que possui duas propriedades; uma casa normal e um armazém abandonado. 


No armazém, Dean acha Charlie mas ela já está apagada e com a marca azul em seu braço. Sam dá de frente com a Djin e leva a pior no corpo a corpo, salvo apenas pela chegada do seu irmão que mata a bicha má sem dó. Sam enfia a agulha com antídoto na veia de Charlie, porém ele não fez efeito com o veneno da nova espécie de Djin. Em questões de segundo, Sam bota a caixola pra funcionar e voilá, os dois chegam a conclusão que precisam usar a raiz africana do sonho – meu Deeeeeeeus, to amando muito esse Carver lembrando de episódios do começo do seriado! – para que Dean combata o veneno por dentro da cabeça de Charlie. Dean tem a grande ideia de fazer Sam socá-lo para que ele durma de uma vez. Sam, com seu estado super debilitado, precisa de dois socos para derrubar o irmão que cai no sono na mesma hora. 


Voltamos para o começo do episódio, onde Dean acorda fardado na década de 50. Tentando abrir o elevador com a mão enquanto os vampiros vinham em direção a ele, Charlie aparece vestida como uma espécie de Tomb Raider e mata os dois com uma espingarda. Ela quer saber o que ele está fazendo em seu sonho, Dean responde que está ali para salvá-la do djin, mas não entende porque ela está num lugar totalmente fora do contexto de felicidade. Charlie o interrompe dizendo que a espécie da “legista” se alimenta de medo e por isso ela foi parar naquele game de terror onde, no mundo real, uma empresa grande de video game descobriu que ela hackeou o jogo e ela foi presa. A ruiva quer saber como eles saem dali, Dean diz que ainda não sabe porque o efeito do antídoto não surtiu efeito e nem a morte da Djin. Charlie interrompe ele na hora e pergunta se ele matou os dois. 


Os dois vão caminhando pelo corredor sanguinário tentando achar um jeito de sair dali. Dean acha que se vencerem o jogo, eles poderão sair do sonho e ajudar Sammy. Porém, Charlie diz que o sonho é um loop infinito, ela só vai mudando de nível, é resetada toda vez que salva os pacientes. A dupla entra em um ambulatório onde há duas camas ocupadas. Dean abre a cortina e vê que a paciente é na verdade a mãe de Charlie. Sem mais como escapar, Charlie conta a verdade para ele, dizendo que toda vez que pode, lê para a mãe no hospital porque era o que Gertrude fazia quando ela era criança. No mundo real, Sam encontra o outro Djin, o filho da “legista” que mete o sarrafo no moose de 2 m de altura. Entretanto, não precisa de força para exercitar a mente não é Sammy? O caçula faz o filhote se distrair falando da mãe e, com a vantagem da distração, consegue enfiar a faca com sangue de carneiro no muleque.


No videogame do pesadelo, Charlie se prepara para matar o chefão e salvar os pacientes. Mas Dean bota a cabeça pra pensar e chega a conclusão que eles precisam deixar o medo daquilo fluir e para de jogar o game, porque é aquilo que dá tempo para o veneno do Djin matar a vítima. Charlie não o escuta e continua matando os vampiros. Dean vira ela para ele e fala que seu único medo é perder a mãe, complemeta dizendo que Gertrude já se foi. Diante disso, não resta Charlie a se abrir com Dean e contar a razão do acidente com seus pais. Dean diz a Charlie que a culpa não é dela. Charlie não consegue escutar Dean e diz que a única coisa que ela queria é sua mãe ouví-la dizer o quanto a ama e pedir desculpas - Curto muito quando a história dos personagens secundários vem a tona! – Sensibilizado pelas lágrimas, Dean se identifica um pouco com a curta história de Charlie - na noite do incêndio quando era pequeno, ele também não teve tempo de se despedir de sua mãe –, mas diz que ela precisa deixar sua mãe ir. Diante de tais palavras, Charlie consegue ser convencida e para de jogar. No mesmo momento os vampiros vão embora e Dean acorda do sono. Amparado por Sam, Dean se vira para saber de Charlie que acorda e vai direto abraçar o irmão mais velho, chorando – assim como eu, porque olha... 3 vezes assistindo o episódio, 3 vezes chorando na mesma cena.


No lado de fora do bunker, Charlie se despede dos irmãos e Sammy é o primeiro. Ele diz que ela definitivamente tem que voltar para vasculhar os arquivos deles e a denomina uma Woman of Letters – Charlie na S9, será? – Faltando 1 Winchester para se despedir, Dean pergunta quais são os planos dela agora. Charlie diz que dará uma passada no hospital, para tentar se desapegar. Ela pergunta para ele se Dean algum dia irá se desapegar, ele a responde na lata “never”. Dean nunca vai abandonar seu irmão. Sammy pode sambar de tanguinha em cima do túmulo da Mary, cantando YMCA, mas se ele tiver com risco de vida, Dean nunca vai abandonar a única chance que tiver para salvar o irmão. É o que ele é, foi assim que ele cresceu e, parafraseando o próprio em AHBL – 2, é como se ele tivesse nascido para exercer uma única função. Charlie, meio sem graça, diz que ama o Dean, ele responde com um “I know” e puxa a menina para um abraço. Bem, temos duas interpretações para lidar com essa cena. A primeira é de que Dean apenas falou isso para fazer alusão a Star Wars e deixar Charlie felizinha – o que eu não concordo – A outra interpretação é que Dean está tão danificado por seus pesadelos reais que ele não consegue dizer mais "eu te amo" ou "eu também". Seus abraços, para alguém com quem ele realmente se preocupa, são as suas maneiras de expressar seus sentimentos. Eu espero que um dia ele realmente se sinta livre para dizer "eu te amo" pro seu irmão ou Cas ou alguém que ele se importe. Charlie é, definitivamente, a irmã que o Dean gostaria de ter. 


Dentro de casa novamente, acontece a cena mais bromance da temporada. A mais linda, a que tem mais a ver com o significado da palavra Supernatural para o fandom. Dean avista Sam sentado na mesa lendo algum tipo de anotação. O mais novo se levanta e começa a dar razão para o mais velho, mas é tão pego de surpresa quanto nós. Dean vai direto abraçá-lo apertado, como nos velhos tempos. Depois de alguns segundos abraçados com o irmão, Dean o larga perguntando se ele não quer procurar o profeta também - Onde eu clico pra ter um Dean Winchester na minha vida? – O episódio, que todos pensavam que fosse um filler engraçado, sem pretensão emotiva nenhuma, terminou de uma forma linda. Charlie assina como filha da paciente, senta na cadeira ao lado da cama e enquanto prepara para ler The Hobbit para a mãe, ela fala que aquela será a última vez – e aqui estou eu, novamente, chorando. Thanks Jeremy Carver e cia, vocês são a minha cota semanal de pleasure spiked with pain que eu preciso  

Um comentário:

  1. Com certeza achei que seria um episódio engraçado, mas me emocionei do começo ao fim.
    O amor dos irmãos é uma marca da série e sempre me faz chorar igual loka!
    Foi maravilhoso conhecer o outro lado de Charlie e foi lindo ver como ela gosta dos Winchesters.
    Amei tudo, excelente review como sempre! Bjão

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